Para mim, um dos lugares mais lindos do mundo, definitivamente.

Quem já visitou esse palácio, que fica à 40 minutos de Paris, sabe do que estou falando. Primeiro, parece que estamos entrando num livro de conto de fadas. Depois, quando percebemos que toda aquela perfeição é realmente de verdade, a ficha cai e o queixo também.
Quando estiver viajando por Paris e quiser visitar esse palácio, deve reservar um dia todinho para esse passeio. Demora um pouco para chegar, demora outro pouco para comprar os tickets, tem fila para entrar, etc. Cansa, mas é algo que quero fazer todas as vezes que voltar à Paris.
Logo de cara, nos deparamos com uma escultura linda de Luís XIV e um portão cheio de detalhes dourados, que nos recebe de “braços abertos”. As fotos começam aí.
É difícil saber por onde começar o tour lá dentro. Eu fui completamente hipnotizada pelos jardins daquele lugar. Fui atraída por eles como se fossem ímãs. Então, comecei por ali.
Difícil descrever o que senti. Tudo perfeito como se tivesse sido milimetricamente organizado, até os fiapos de grama. Cada árvore, cada planta, cada fonte, cada escultura, cada caminho de pedra, tudo. Impossível não se emocionar com tamanha perfeição.
É fácil de se perder ali, mas com um mapa na mão, é tranquilo para se achar. Esse mapa você recebe na hora da compra do ticket de entrada. Existe o Grand Trianon, o Petit Trianon e outras partes importantes. Se estiver disposição, caminhe até o Petit Trianon. Vou falar dele já já.
Eu me perdi e achei a lindíssima fonte que foi feita inspirada no deus grego dos mares, Poseidon. Enorme e imponente, fiquei parada ali durante uns minutos, não sei quantos ao certo. Olhando cada detalhe, babando na verdade. É impressionante como tudo consegue ser tão perfeito.
Depois de caminhar por mais umas duas horas entre algumas partes do jardim, decidi que era a hora de visitar o interior do palácio. Óbvio que eu queria ver onde todos aquele reis moraram e também onde a diva Maria Antonieta passou parte de sua vida. Sou apaixonada pela personalidade maluca dela, então queria saber e ver tudo.
O tour por dentro do palácio pode ser feito com guia ou com um áudio guia, aqueles rádios que colocamos no ouvido e vamos escutando tudo. Tem em diversos idiomas, inclusive no português. Você não paga nada a mais por isso.
Eu peguei o rádio, olhava, escutava o que o guia falava, mas era como se eu já conhecesse tudo aquilo. E não podia ver uma janela que corria lá para ver os jardins. Fiquei realmente apaixonada por eles.
Fiz o tour no meu ritmo, parando para ler tudo com calma e praticar meu francês. Vi os aposentos da Maria Louca, o quadro em que ela está com seus filhos. A sala dos lustres é realmente fantástica e confesso que fiquei com dor no pescoço de tanto olhar para cima. É tudo tão grandioso que não dá vontade de sair de lá.
Mas, quando acabei esse tour, obviamente voltei para os jardins. Fui caminhando ao Petit Trianon, que tem uma história linda, porém um pouco melancólica.
Era ali que Maria Antonieta passava boa parte dos seus dias, depois de se apaixonar por Alex Fersen, um soldado sueco que estava na guerra, mas não saía de seus pensamentos. Ali, ela tinha uma vida de camponesa, alheia à sua vida de rainha da França, esposa do rei Luís XVI. Ela plantava, cozinhava, cuidava da terra, era simples. Muitos dizem que sua loucura começou aí, mas eu acho que ela sempre foi incompreendida. Pessoas peculiares sempre foram vistas de forma preconceituosa, com ela não foi diferente. Ela sempre foi muito intensa, visceral, por isso viveu até o fim, da maneira que considerava correta e melhor para sua vida. Gostava de festas, dos amigos, pois era o que a fazia feliz. Eu concordo com ela, devemos sempre fazer o que nos faz feliz.
Enfim… Voltando ao palácio.
Depois de sentir um pouco da energia dessa mulher incrível, me sentei na beira do canal que tem bem no meio do jardim, para ver as pessoas que estavam dentro de barquinhos e ver os patos e cisnes nadando. Quando me deu fome, comi uns dois crepes e tomei suco, no restaurante que tem perto desse canal.
Fiquei caminhando por lá a tarde toda, até a hora de vir embora. Quando tive que sair, deixei um pedacinho do meu coração lá, para buscar depois. Minha vontade era de ficar para sempre ali, cuidando daquele jardim.
Versailles é um lugar de sonho. Realmente tem algo ali que mexe com a gente. Não é só o fato de ser majestoso ou imponente. É algo maior. Saber que tantas coisas históricas aconteceram ali, saber que tantos reis e rainhas viveram lá, saber que o povo invadiu ali para pedir mudanças. É de sentir na pele tudo isso junto.
Não sei você, mas eu sou louca por história, especialmente da França. Talvez por isso eu tenha sentido tudo tão forte. Mas acredito que, mesmo àqueles que não se interessam muito por história, vão se maravilhar com esse lugar.
Impossível de esquecer. Impossível de não se emocionar. Impossível de não amar. Impossível não programar um dia para conhecer esse lugar maravilhoso!
Eu te amo, Versailles! <3

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