Sei que nunca fiz esse tipo de postagem aqui… Mas como hoje é comemorado o amor no mundo todo, decidi escrever um pouco sobre a minha concepção de amor. Afinal, nunca é demais falar de amor. Espero que gostem! <3

Conforme vamos vivendo, aprendendo e nos conhecendo, parece que tudo muda. Sentimentos, pensamentos, valores, atitudes, etc. Se soubermos viver de verdade, aceitando que tudo que acontece em nosso caminho é para crescermos como seres humanos e aprender a evoluir, o amadurecimento vem quase que por osmose. Quando temos os olhos bondosos frente a vida, tudo fica mais bonito e menos pesado.

É assim com o amor. Mas… O que é esse tão esperado e tão procurado sentimento que nos move todo santo dia?

Longe de mim querer definir algo, mas eu tenho uma concepção de amor, que é totalmente diferente da que tinha 10 ou 15 anos atrás. E com certeza será diferente da que terei daqui 20 anos. Hoje, eu sei o que é amor para mim e isso me basta.

Antigamente, eu achava que amor era aquela coisa grudenta, que servia apenas para as pessoas fazerem planos, casar, terem filhos e achar que tudo aquilo era o normal da vida. Achava que amor era o que deixava as pessoas juntas para sempre, como almas gêmeas, um completando o outro. Que todo mundo era metade procurando sua outra metade. Eu achava que no amor cabia cobranças, ciúmes e aquela coisa louca de posse e controle.

Eu achava que isso era amor. Eu vivi relacionamentos assim, pensando que era amor. Mas hoje, eu vejo o quanto eu estava enganada. Tudo isso não era nem sobra de amor e considero que as pessoas que vivem isso até hoje, são loucas. Para mim, é impossível ter brilho nos olhos e admiração, vivendo uma situação como essa. Situação que é porta aberta para diversos tipos de abusos, e não falo somente dos homem para mulher. Tem muita mulher que abusa de seus parceiros também. Obviamente, não fisicamente como eles podem fazer conosco, mas mentalmente, castrando os homens de suas atividades, etc.

A base de qualquer sentimento é o respeito. Sem ele, não temos base para mais nada. Tendo essa base sólida e bem estruturada, os outros sentimentos podem se fixar. Admiração, confiança, cuidados, alegria, plenitude, liberdade… E o tão sonhado, amor. Muita gente acha que o amor por si só sobrevive a tudo. Mentira. Eu sei que o amor não sobrevive sozinho. Como se fosse uma plantinha frágil num vaso pequenino, que precisa ser regada e cuidada todos os dias, o amor é assim. Precisa de cuidados para sobreviver. Precisa de atenção, de carinho. O amor precisa de muita paz e liberdade para sobreviver.

Eu acredito que o amor não completa. Temos que estar completos para viver um amor verdadeiro, com sentimentos reais e louváveis. O amor não vai te completar. Você precisa estar completo para ele simplesmente te agregar. Agregar alegria, sonhos, felicidade, carinho, sorrisos e muito tesão. Mas, acima de tudo, o amor te deixa livre. Parece louco, né?! Mas não é.

O amor te deixa livre para ser quem você é, sem amarras, sem máscaras. Você confia na pessoa para poder ser quem você é, sem joguinhos. O amor te deixar livre para voar, mas de mãos dadas com a pessoa que você escolheu para estar ao seu lado. O amor é livre para durar o tempo que tiver que durar, o tempo que estiver trazendo felicidade na vida dos dois. Seja por uma semana, seja por uns anos, seja por uma vida. Somos livres para escolhermos com quem caminhar, desde que isso nos deixe felizes e transbordando felicidade.

Se um dia o amor se cansar, acabar ou se transformar em algo diferente, ambos terão respeito para entender e liberdade para procurar sua felicidade, que já não está mais ali. Ninguém é de ninguém, o que damos para as pessoas são outras coisas. Damos algo muito precioso, que uma vez desperdiçado, jamais volta. Damos nosso tempo à outra pessoa e infelizmente, poucos sabem valorizar. O tempo de hoje é o agora, mas o de amanhã, pode não vir. Por isso o amor livre é tão urgente. Eu aprendi que nossa vida é um conjunto de todas as nossas recordações, boas ou dolorosas. E é somente isso que levamos para a eternidade. Deixamos aqui muita coisa para trás, mas levamos apenas o que vivemos, o que foi lindo e o que valeu a pena.

Me pergunto todos os dias… “E se eu morrer amanhã? Morrerei feliz ou triste?”

Se minha resposta, depois de analisar toda minha vida, for algo diferente de “morrerei feliz”, é hora de mexer o traseiro e melhor tudo. Viver apenas por viver, nunca foi meu estilo. Hoje em dia sei que sou mesmo selvagem e que vivo tudo que posso, tento tudo que quero e escuto meu coração mais do que nunca. Deus vive em mim e eu me conecto a ele pelo meu coração. Se sigo meu coração, sigo a Deus. Isso me conforta bastante, pois sei que sigo num caminho de bem e que planto somente sementes boas por onde passo.

Acredito que o amor verdadeiro seja algo tão grande, que fica impossível de ser comparado ou mensurado. É quando você ama tanto uma pessoa, que aceita sua partida, mesmo sabendo que jamais voltará a vê-la. É quando você lembra com sorriso no rosto, todos os bons momentos de cumplicidade que compartilhou com aquela pessoa. O amor é quando você sente uma saudade que aquece, não que dói. É quando você ainda sente aquele abraço apertado em volta do seu corpo. É quando, mesmo com o coração em cacos, você cria forças para remendá-lo e não perde a esperança para continuar vivendo em busca de algo ainda maior do que aquilo que viveu.

O amor verdadeiro é quando você, longe de qualquer egoísmo, deseja com todo seu coração que a outra pessoa seja feliz. Com ou sem você. Se for com você, é o melhor dos mundos. Por uma vida toda, é a perfeição na Terra. Mas se for sem você, de alguma maneira, você estará feliz. Porque a pessoa estará feliz, então isso também irá de deixar feliz, de uma maneira estranha, admito. Mas acredito que isso somente vem com o amadurecimento da alma e dos nossos sentimentos.

Como as pessoas estão cada dia mais fechadas em um mundo virtual e solitário, eu as defino como sacos plásticos ao vento. Vivendo por viver, seguindo a manada, sem saber se existe mesmo um leopardo faminto planejando o ataque. A manada simplesmente corre, a maior parte dos animais, nem sabe o porquê.

É exatamente assim que as pessoas estão vivendo hoje em dia. Correndo por correr, sem saber da existência da leopardo. Sentimentos fugazes, sentimentos rasos, sentimentos vazios de paixão, vazios de vida. Sentimentos sem brilho. Sentimentos por obrigação.

Isso não é nem sombra do amor. Isso pode ser qualquer coisa, menos amor.

O amor nos faz bem. O amor nos aquece lá dentro da alma. O amor tem sinceridade, tem urgência, tem intensidade. O amor tem prazer, felicidade simples, alegria boba e desejos malucos de correr o mundo com a pessoa, ou pela pessoa. O amor é assim. Louco e insano, mas nunca cego. O amor sabe exatamente o que está fazendo e principalmente, sabe o que está vivendo e querendo viver. O amor é assim. É loucura na visão dos sacos plásticos, mas faz todo o sentido para quem sabe da existência do leopardo.

E acredite. Se você deixar esse amor sair, terá capacidade de amar o mundo todo. Cada vez mais.

Pois o amor nunca se acaba. Ele se renova, se fortalece, se transforma.

O amor amadurece, conforme você amadurece. E você só vai amadurecer, vivendo.

Mas vivendo de verdade!

1 Comentários

    • Sayure D. Santos -

    • 20 de fevereiro de 2019 at 12:36 pm

    Excelente Post! Continuarei seguindo este Blog, aproveita e dá uma passadinha no meu. Tenho certeza que irá agregar bastante valor e conhecimento também. Te aguardo lá.. Gratidão!!

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *