Tudo sobre Paraty, no Rio de Janeiro

 

Passei alguns dias super agradáveis em Paraty, cidade mais ao sul do litoral do estado do Rio de Janeiro. Saindo de São Paulo, fiz o caminho descendo pela Rodovia dos Tamoios e peguei boa parte da BR-101, a famosa Rio-Santos que eu taaaanto amo. De verdade, acho que não tenho vontade de sair de SP para conhecer outras praias porque sou louca pelas nossas lindas e maravilhosas praias paulistas.

Cheguei em Paraty e fui direto para a Praia do Jabaquara, que foi onde eu fiquei hospedada. Mas essa praia é bem conhecida pelos seus banhos de lama medicinais. A água dessa praia é muito limpa, de qualidade excelente, porém a cor dela não agrada nossos olhos por ser em tom marrom claro, meio barrenta. Mas é por causa do mangue que fica bem pertinho dela e por conta do rio que desemboca nela. A lama é medicinal, rica em iodo e enxofre. Faz bem à pele.

Paraty é tombada por Patrimônio Nacional e a Unesco a considerou como uma cidade com arquitetura muito harmônica. Praias lindas, muitas cores (tudo muito colorido), história, pequenos museus e pessoas amigáveis e tranquilas circulando pelas ruas. A cidade não tem muito segredo. É simples (em todos os sentidos, algo que me agradou demais) e leve. Além de linda, óbvio. O Centro Histórico de Paraty é pequeno, mas com muitos detalhes escondidos entre as pedras pé de moleque. Esse é o nome das pedras que formam as ruas, construídas no sentido do nascente para o poente do sol, do norte para o sul.

Uma dica boa é usar um sapato fechado para caminhar por lá. Chinelos de dedo podem escorregar e machucar seu pé. Eu confesso que não fui de sapato fechado nenhuma única vez. No primeiro dia meu pé ficou doendo, no segundo escorreguei bem menos, nos dias seguintes, quase nada. Acredito que eu também tenha entrado no clima da cidade, pois dizem que o ideal para se conhecer bem Paraty é “caminhar vagarosamente pelas ruas”. Claro, quem vai correr naquelas pedras? Enfim, fica a dica.

Dá vontade de tirar foto de cada ângulo, de cada porta, de cada janela, de cada pedra, de cada escultura enfeitando qualquer lugar. É tudo muito bonito, encantador para ser mais honesta. Sorveterias, lojas de lembranças, ótimos restaurantes e as famosas cachaçarias. As cachaças feitas na cidade são ótimas e valem a pena serem provadas.

Como fiquei hospedada na praia de Jabaquara, conheci bem o que tinha por aqui. A praia é tranquila, sem muitas ondas, perfeita para praticar o stand-up que eu tanto adoro. O valor fica em torno de R$30,00 por hora e vale muito a pena em alguns quiosques espalhados pela areia.

Os quiosques e restaurantes da praia variam. Provei pratos em quase todos e digo sem dúvida alguma que os melhores são o restaurante La Luna e o Beach Bar Balaco Bacco. Foram os meus favoritos de toda a viagem. O La Luna é comandado por um argentino, então se esbalde nas carnes, pois ele faz com maestria. Não deixe de provar a bela sobremesa chamada “Bariloche”, que é feita com sorvete, alfajor e calda de cereja. No Balaco Bacco, que pertence a um italiano, abuse dos drinks e dos peixes. Comi um peixe da região chamado pescada branca sororoca. Fantástico!

Não deixe de fazer algum passeio de barco ou escuna. Eu peguei um barco e fui para algumas praias desertas e ilhas lindas, que podemos fazer mergulhos com snorkel e nadar naquele mar verde e limpo, com sorte, vendo tartarugas marinhas e golfinhos. Em algumas ilhas, podemos fazer trilhas curtas e ter vistas lindas de alguns metros de altura. Lindas paisagens.

As opções de hospedagem na cidade são diversas. Você pode optar por estar no próprio Centro Histórico, ou se hospedar fora de lá. Eu acho bacana fica na praia de Jabaquara, pois você fica em uma praia delícia e chega ao Centro caminhando apenas 15 minutos. Mas os melhores hotéis ficam realmente no Centro Histórico.

Eu fiquei hospedada na Pouso Atobá. É uma pousada cercada de natureza, bem pertinho da praia do Jabaquara. Caminhando, o Centro Histórico fica à um quilômetro. Tem piscina, quartos amplos para quem viaja em turma e café da manhã caseiro cheio de frutas. Com preço justo, é uma ótima opção de hospedagem para quem visita Paraty. E o melhor de tudo, fica muito perto dos restaurantes da praia, pode ir caminhando, comer e beber á vontade.

Mais dois belos restaurantes que você pode escolher para jantar, é o Bendita’s e o Banana da Terra. Ambos ficam no Centro Histórico e o Banana da Terra é bom fazer reserva antes de ir, principalmente nos finais de semana. Carta de vinhos fantástica, peixes e frutos do mar frescos, pratos criativos. Valem muito a pena.

Eu amei Paraty. Cada centímetro da cidade é lindo. Para quem não conhece, vale a pena conhecer. Recomendo demais. É uma cidade que nos faz tirar o pé do acelerador, caminhar devagar, curtir cada segundo de uma vida mais relaxada e menos estressada. Poderia escolher Paraty como um cantinho de fuga que faz bem para nossa alma e coração.

Paraty encanta, não é à toa que tantos turistas visitaram a cidade e estão por lá até hoje. Para quem quer ter uma vida simples, sem maiores estresses ou preocupações, é o lugar ideal. Eu amei Paraty. E você? Conhece? Como foi sua experiência na cidade?

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