Minha viagem à Praga foi confusa do começo ao fim, mesmo antes de ter pisado na cidade, já estava tudo dando errado e eu me virando nos 30 para fazer tudo funcionar e chegar até lá.
Fui para Praga, saindo de Berlin. Muita gente me pediu para testar o tal do Bla Bla Car, então, quis testar nesse trajeto Berlin – Praga. O rapaz havia confirmado tudo, sem cancelamentos. Esperei o FDP por quase 2 horas e ele não apareceu. Que raiva! Aí, anjos que aparecem em nossas vidas, a recepcionista do hotel Otto me ajudou muito e comprei a passagem de trem para Praga. Perdi muitas horas nessa brincadeira, mas eu não estava ligando muito. Só queria chegar ao meu destino mais esperado de toda a viagem.
Cheguei em Praga no final da tarde, na estação de trem principal, que fica no centro da cidade. Perto de tudo, mas eu não sabia muito bem como chegar onde eu queria. Ninguém falava inglês na estação, então decidi procurar o hotel na raça mesmo. Peguei um táxi e ele me deixou na rua certa que eu iria ficar. Mas cuidado com os taxistas de Praga, pois ele enfiam a faca mesmo. Esse primeiro foi muito sacana e me cobrou 4 vezes mais o que deveria cobrar. Não sei o que eles fazem no taxímetro, mas não dá nem para reclamar porque eles enrolam a gente na hora do idioma.
Enfim, cheguei ao primeiro lugar que me hospedaria, um hostel chamado Hostel Homer, a 50 metros do Relógio Astronômico. Hostel bacaninha, organizado e as pessoas que trabalham são ótimas. Lá conheci uma italiana super animada e saímos juntas para dar voltas pela cidade.
No segundo dia fui para o Hotel Design Neruda e foi tudo muito bom. O hotel fica perto de tudo, na parte da cidade velha. Do ladinho do castelo de Praga, a 10 minutos da Charles Bridge e tudo mais. Vou fazer uma resenha completa sobre o hotel, mas agora quero falar da minha passagem pela cidade.
Logo no primeiro dia já fui ver tudo que tinha direito. Fui direto ao Relógio Astronômico que fica na Old Town Square, que por sinal é fantástica. Fiz aquelas fotos que eu sempre ficava babando pelo Google.
Que emoção poder fotografar lugares tão lindos quanto os que existem por lá. Por isso já comecei a chorar. Aliás, essa cidade mexeu muito comigo. Não sei bem ao certo o porquê, mas parecia que tudo estava dando errado para eu não estar lá. Mas sou teimosa e fui, curti, aproveitei e tudo mais. Choveu quando eu queria sair para comer, choveu quando eu queria fotografar à noite, choveu quando eu queria ir beber em algum bar da cidade, etc. Incrível! Mas eu não estava nem aí.
Pra falar a verdade, para todos os lugares que eu olhava pela cidade velha, via algo maravilhoso. Os prédios, as igrejas, os monumentos… Tudo! Essa cidade é linda demais e por isso eu chorei também. Era muita emoção estar lá, pois Praga sempre foi uma das cidades que mais tinha vontade de conhecer e realizei esse sonho. A cidade é ainda mais bonita pessoalmente do que pelas fotos.
Incrível a energia antiga e histórica que existe por lá. Restaurantes de mais de 100 anos, igrejas lindíssimas por dentro e por fora, lugares que estiveram presentes em momentos importantes da história do mundo. Não tem muito o que falar… Apenas ir até lá e sentir tudo isso na pele, no coração e na alma.
Praga é uma cidade para ser conhecida caminhando, portanto prepare os pés e sapatos confortáveis. Vou fazer um artigo completo com todas as atrações imperdíveis de Praga em breve.
Mas já adianto que se perder em Praga, é o mesmo que se perder em Roma. É uma cidade para caminhar meio que se direção, sabe?! Para descobrir tudo que ela pode nos mostrar, mesmo naquelas ruas menorzinhas e que ninguém se importa.
Uma cidade que agrada todos os tipos de pessoas. Mas confesso que os casais que visitam a cidade são mais conectados e felizes (espero que seja assim, pois a cidade pede muito isso), pela fato de que Praga é muito romântica, com todo aquele clima medieval transbordando por todos os lados. Caraca, fico imaginando tudo que já aconteceu por lá…
Para finalizar, quero dar uma dica importante para quem vai sair da cidade de trem, assim como eu fiz.
A estação central de Praga se chama Praha Hlavní Nádrazi, um nome impronunciável para nós, meros mortais que falamos idiomas com base latina. Eu falo 5 idiomas e me senti uma verdadeira idiota na Alemanha e na República Tcheca. Enfim… voltando à estação.
Não se desespere como eu fiz (HAHAHAHAHAHAHA). Sim, eu fiquei desesperada naquela estação, porque ninguém falava inglês e eles não colocam o nome da cidade no quadro de destinos, e sim o nome da por** da estação de destino. Então, você precisa saber isso. Eu, espertona, achei que era somente o nome da cidade. Perguntei para 3 pessoas e ninguém sabia me dizer para onde deveria ir e falavam um inglês horrendo.
Conclusão, perdi meu trem e tive que esperar mais 2 horas na estação para poder pegar o próximo. Ainda bem que não tive que pagar nada a mais, pois meu ticket valia para todo aquele dia, mas não são todos que são assim, então temos que ficar espertos.
No final, consegui conversar com uma mocinha que falava super bem o inglês e ela me ajudou demais, me disse como funcionava, que meu bilhete estava ok e que eu apenas teria que esperar pelo o próximo, que o nome da estação apareceria no telão indicando a plataforma. Simples. Não precisava me desesperar. Deu tudo certo.
Mas, como disse antes, tudo em Praga conspirou contra mim (hahahaha), mas eu dei umas porradas na cara da cidade e agora estamos numa boa. Fizemos um acordo que a próxima vez que eu voltar, estarei acompanhada (hihihihi).
Praga é demais!