O disco The Wall da banda Pink Floyd faz 40 anos

Essa semana esse disco que é um dos clássicos da história do rock, The Wall completa 40 anos de idade. O disco foi lançado na última semana de novembro de 1979 e teve como missão, ser tão bom quanto os anteriores, como The Dark Side of the Moon (que na minha opinião é o melhor disco do Pink Floyd), Animals e Wish You Were Here. Todos esses já eram super inovadores para a época e eles queria continuar com esse estilo em The Wall.

Esse disco ganhou 23x o disco de platina desde 1979 e foi desse disco, o único hit a chegar ao 1º lugar nas paradas da banda Pink Floyd. Another Brick in The Wall pt 2. Quando lançado, ele não teve o sucesso que tem hoje, mas existem vários motivos para a gente se apaixonar pelo disco The Wall e continuar escutando essas músicas até ficarmos velhinhos (mais, né hahaha). The Wall é mesmo uma obra de arte criada pela banda Pink Floyd (assim praticamente tudo que eles criaram) e segue assim até hoje. Abaixo algumas curiosidades e fatos sobre o disco, mas também algumas razões para serem admiradores de The Wall.

– A primeira música chamada In The Flesh tem um começo intenso (já com a guitarra mostrando seu trabalho) e é perfeita para começar a viagem que é escutar um disco da banda Pink Floyd. Antes de começar a letra, temos 1min30seg só de instrumentos. Muito boa essa música.

– O contraste entre a voz mais suave de David Gilmour e a voz mais forte de Roger Waters é algo bem marcante sempre, mas nesse disco podemos nos emocionar com a música The Thin Ice, que além desse contraste, encontramos uma letra bem emotiva (que retrata a relação dos integrantes com seus pais) e também tem até um choro de criança logo no começo. O piano sempre deixa qualquer música melhor, não é mesmo?

– Para sentir The Wall verdadeiramente, precisamos escutar as músicas em sua sequência. Aliás, isso é algo que percebemos com o hábito que temos aqui em casa de escutar os discos de vinil em sua sequência. Parece que uma história está sendo contada. E com esse disco, não é diferente. Não sei se vocês fazem isso, mas eu gosto de escutar Another Brick in the Wall pt1 primeiro e depois escutar a parte 2, claro que passando pela The Happiest Days of Our Lives, que muita gente acha que faz parte da música parte 2. Mas você sabia que a parte 2 começa exatamente na parte do grito? Como disse, tudo parece ser uma música só, uma história só.

– Eles escreveram essa sequência para criticar a sociedade, o que transformou a música em uma espécie de hino para os revoltados com o sistema, com os governos. E também é tudo uma crítica forte aos professores de antigamente que eles diziam ser tiranos e que criavam mentes fechadas e com muitos limites. Eles lutavam e queriam que as pessoas fossem o contrário disso. Em tempo, o solo de guitarra de Gilmour nessa música (a parte 2) é um dos clássicos do rock, não é mesmo?

– Falando agora da música Mother, que é um dos sucessos acústicos da banda Pink Floyd. Não pense que essa música é uma homenagem às mães, ok?! Mother chama a atenção pela letra, que se você ainda não leu, deve ler. Tem um fundo totalmente psicológico, onde eles retrataram as dúvidas de uma pessoa que está começando a vida, cheia de dúvidas e sua mãe não ajuda em absolutamente nada. Eles mostram como muitos pais (no caso as mães), colocam seus medos, problemas e mais, em seus filhos, transformando a vida deles em um inferno, ou pesadelo, como eles disseram na música. Eles contam a história de um filho que era sufocado pela mãe. Mamãe vai checar todas suas namoradas, mamãe vai te manter o bebê aconchegante e quente. Sério.

– Impossível falar de The Wall e não mencionar a música Comfortably Numb que para mim é uma das músicas mais perfeitas que já criaram (sou apaixonada real nessa música). A letra é mais uma viagem de Gilmour e Waters que vai contando sobre como é estar confortavelmente entorpecido (drogas?) A verdade é que os solos de guitarra de Gilmour nessa música são maravilhosos e a música realmente nos deixa entorpecidos de admiração. Como eles conseguiram criar algo assim? Sendo Pink Floyd.

– Outra sequência que precisamos ouvir é de Empty Spaces e a música Young Lust. Que é uma espécie de diálogo meio maluco e espacial na primeira música e se transforma em Young Lust. Incrível como eles conseguiram criar essas músicas, uma colada na outra, onde tudo faz sentido. Nessas músicas sentimos a dramaticidade que eles quiseram passar para o público. O engraçado é que encontramos um rock mais comercial, algo que eles não costumavam fazer. Aliás, nem parece muito Pink Floyd na minha opinião, mas a guitarra chorando de Gilmour não nega. Parecia até que eles estavam se divertindo fazendo essa música.

– Sim, existe uma terceira parte de Another Brick in The Wall nesse disco. E podemos sentir como a intensidade, na melodia e na letra vão aumentando conforme as partes vão surgindo. As três estão ligadas entre si (óbvio) e o modo como eles conduziram isso, foi genial. A parte 3 é curta e dá a entender que eles surtaram, entrando na loucura, do ódio e tudo mais. Tipo apertando o botão do fod*-se e já emendam a música Goodbye Cruel World, que é como se eles estivessem realmente se despedindo do mundo cruel, deixando-se mergulhar para “atrás da parede” que eles criaram. Gênios! Maneira perfeita de finalizar o disco.

Sério! Aposto que quem estiver lendo esse texto deva ser fã de carteirinha dos caras do Pink Floyd, o que me deixa feliz. Não sei a opinião de vocês (aliás, deixem aqui embaixo nos comentários), mas para mim, esse disco além de ser uma obra prima, ele é MUITO atual, mesmo tendo sido criado em 1979. A questão dos relacionamentos entre pessoas, românticos e até familiares, para mim, é muito atual. Questões de depressão, vícios e tudo mais, da forma como eles colocaram aqui neste disco, é surreal. Eles foram de uma sensibilidade incrível ao criar The Wall.

Pink Floyd é demais!

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