Um lugar clássico de SP para aqueles que curtem um bom rock n’ roll.
A casa de mais de 22 anos de existência não é clássica à toa. A primeira casa ficava na Rua Fidalga, também na Vila Madalena, isso em 1994. Mas com o passar de alguns anos, eles viram que precisam buscar um lugar maior, e em 1999 se mudaram para onde estão até hoje. E eles não mudaram quase nada lá durante todos esses anos, o que para mim é notável. Em time que está ganhando não se mexe.
O ambiente é simples. Entrada, bar no meio com dois corredores nas laterais, a cabine do DJ, pista e o palco no fundo. Na parte de cima tem mesas para a gente comer, mais um bar com telão, chapelaria e os banheiros. Não tem segredo. Durante o intervalo das entradas da banda, fica rolando no telão, muitos videoclipes que o DJ escolhe e aceita pedidos (caso queira pedir algum som em especial, o nome dele é Katraca e só tem cara de mau, ok?! Ele é super gente boa.)
A casa tem até cheiro de rock ‘n roll, o que eu gosto muito. O público que frequenta a casa, é fiel e sempre vemos os rostos conhecidos batendo cartão por lá. O que é bacana, pois sempre acabamos fazendo amizade (ainda mais quando as pessoas são sociáveis como eu, hehehe).
Para beber, eu sempre fico na Gin Tônica (quase sempre, em todos os lugares), mas eles têm cervejas bem geladas e várias marcas de bebidas para doses. Por ser um bar de rock, não tem muita frescura no bar não. Não tem uma variedade extensa e criativa de drinks, tem o básico, afinal, o pessoal que vai lá realmente não tem frescura na vida. Seria engraçado ver algum daqueles cabeludos motoqueiros bebendo um drink todo decoradinho com frutinhas e cores. Não, não. Não tem nada disso lá, no máximo frutinhas para caipirinhas mesmo. Com as comidinhas é o mesmo esquema. Nada de tititi e nem frescurinhas, tudo bem básico.
As bandas que tocam no palco do Morrison são impecáveis. Uma das minhas favoritas é a Rolls Rock, tocando todos os clássicos do rock e os melhores da atualidade. Mas admito que o dia que eu mais gostei, entre todos que estive lá, foi quando fizeram meio que um tributo à melhor década do rock, anos 70. Simplesmente, tocaram em uma só noite os covers de Janis Joplin, Led Zeppelin e The Doors. Só os meus favoritos juntos numa noite só. Parecia que tinha morrido e ido ao paraíso musical.
Os shows geralmente começam por volta da meia noite e acaba às 4 horas da manhã, com 3 entradas de mais ou menos uma hora. Eu acho pouco, por mim ficaria a vida toda escutando a galera tocar (hahahaha, desculpa, mas é verdade).
Eu gosto muito do Morrison, é um lugar que me sinto bem, como se fosse uma extensão da minha casa. Não tem briga, todo mundo vai para curtir a noite, a música e se rolar uma paquerinha, bom também. É animado, você pode dançar e cantar o que quiser, como quiser e ninguém vai ficar te enchendo o saco. Não precisa fazer pose, não precisa ir com sua melhor roupa, porque ninguém vai ficar olhando isso.
O Morrison é bem rock ‘n roll mesmo! E eu adoro!