Exposição “Frida Kahlo – Conexões entre mulheres surrealista do México”
Em dezembro do ano passado (2015), fui ao Instituto Tomie Ohtake para ver de perto a exposição que estava por lá, “Frida Kahlo – Conexões entre mulheres surrealistas do México”.
Antes de falar da exposição, vou contar um pouco o que é surrealismo.
O surrealismo foi um movimento literário e artístico, lançado em 1924 pelo escritor francês André Breton, que é definido como a expressão espontânea e automática pensamento (deixavam o inconsciente falar através de sua arte) e deliberadamente, incoerente. Nele, prevalecia o sonho, o inconsciente, o desejo, os instintos e eles pregavam a renovação dos valores, dos morais aos filosóficos, passando pelos políticos e científicos.
Agora vamos à exposição…
A exposição contava com 20 obras da surrealista mexicana mais famosa do mundo. Lá tinham seis de seus famosos autorretratos e outras telas especiais, que ela destilava todo seu talento e também demonstrava todo seu amor seu marido, Diego. Também podíamos ver de perto, como Frida influenciou outras artistas surrealistas do mundo todo e como ela foi representada por elas em suas telas.
Merecem destaque da exposição as fotografias do húngaro Nickolas Murray, que fez fotos famosas de Frida, que circulam pelo mundo estampando muitas coisas, caracterizando a personalidade forte da artista. Aposto que você lembra de alguma delas quando pensa em Frida Kahlo.
Claro que Frida era o centro da exposição, mas não podíamos deixar de notar o brilhantismo das outras artistas, como a também mexicana Maria Izquierdo, a espanhola Remédios Varo e a inglesa Leonora Carrington.
Interessantíssimo como todas as artistas conseguiam tirar influências de diversos lugares, especialmente do seu ambiente familiar. Sim, elas produziram telas magníficas em que o tema central era o que havia dentro de suas casas e seus relacionamentos amorosos. Eram artistas, mulheres, esposas e muitas delas, mães. Tudo isso era adubo para a criatividade delas.
Eu gostei muito da exposição. Era bem coerente (por mais que estejamos falando de surrealismo) e seguia uma linha bem definida, onde as artistas, por mais diferentes que sejam, todas se completam. A escolha das telas foi bem elaborada e a exposição tem um corpo com começo, meio e fim. O que quero dizer, é que tudo se encaixava bem e as telas não estavam simplesmente jogadas na parede para nossa observação. Tudo fazia sentido e nos emocionava. Dava vontade de ser uma artista surrealista.
O Instituto Tomie Ohtake fica na Rua Coropés, 88, em Pinheiros, São Paulo. Esquina com a Av. Pedroso de Moraes.
A exposição foi até o dia 10 de janeiro de 2016.