A cidade de Dusseldorf foi a minha segunda parada na Alemanha, durante minha Eurotrip 2016.
Passei por lá porque queria conhecer os restaurantes (me falaram que eram bons e bem tradicionais), por ter vistas lindas do Rio Reno cortando a cidade toda e também por ter um amigo brasileiro que está morando por lá por um tempo. Todo mundo sabe que encontrar os amigos pelo mundo é um dos meus esportes favoritos.
Dusseldorf fica a uns 30 minutos de trem saindo de Koln (ou Colônia para os brasileiros). É muito bacana por ir para qualquer lugar de trem. Eu acho lindo viajar assim, pois podemos fazer diversas coisas durante o percurso, ver as paisagens maravilhosas e não pagamos excesso de bagagem! ?
Então cheguei em Dusseldorf, pelo estação Central, que de lá, podemos pegar aquele famoso Tram e ir para qualquer lugar. Lá, o tram serve de trem, metro e bondinho. Qualquer coisa, não sei muito bem definir esse meio de transporte europeu (hahahaha). Mas não faça como eu! Eu demorei algumas viagens para achar a maquininha para pagar o ticket. Juro que não foi de propósito!
Além de estar cansada (não tenho mais idade para esse tipo de viagem, portanto você, com menos de 30, aproveite para fazer todos os mochilões possíveis, porque depois, você não vai aguentar, vai por mim), eu não sei ler NADA em alemão e nem me toquei que tinha a bendita maquininha. Mas tem, custa menos de 2 euros e como todas, ele te dá troco certinho.
Lá, eu comecei a sentir o que era estar mesmo na Alemanha, como muita gente fala. Koln é uma cidade com muita gente e muitos turistas, então não senti isso, mas em Dusseldorf, dava medo de atravessar a rua com o farol fechado para mim e correr o risco de tomar uma multa.
Eles são muito exigentes e cheios de regras. O meu amigo Gui me disse algo interessante. Que os cachorros lá na Alemanha são tratados como propriedade mesmo, pagam impostos e se o cachorrinho fizer algo para alguém, o dono se responsabiliza mesmo. Por isso, eles não gostam quando alguém passa a mão neles ou brinca. Povo diferente do nosso, né?! Eu brinco até com cachorros de rua…
A cidade não tem muito segredo. Mas existem algumas coisas que você fazer. Como beber muita Alt Bier (que é o orgulho da cidade, a cerveja local deles, experimente de todas as cervejarias que puder e jamais peça outro tipo de cerveja, pois assim como em Koln, eles irão se ofender), comer os pratos alemães (como o currywurst ou o joelho de porco), caminhar pela margem do Rio Reno e conhecer os cantinhos do bairro de Altstadt (que significa cidade velha).
Eu caminhei a cidade toda (praaaa variar) e fiquei morta. Mas vi muitas igrejas e elas tocam sinos o tempo todo (me chamem de louca, mas toda vez que escutava os sinos, ficava esperando o solo de guitarra do Angus Young para começar a tocas “Hell Bells” hahahaha).
Encontrei uma rua chamada Königsallee, onde ficam centenas de lojas e váááárias daquelas lojas de magazine europeias, como a Zara, H&M e a Primark, com roupas excelentes e preço ridiculamente baratos. Quase chorei por não poder comprar nada, pois ainda tinha muito viagem pela frente, tipo mais de 2 semanas. Portanto, não comprei uma agulha. Saco!
Em Dusseldorf também tem a famosa torre de observação chamada Rhine Tower, onde você paga 9 euros e sobe para ver a vista da cidade de lá. Eu não sou muito fã desse tipo de passeio, porque acho sem graça e não curto muito grandes altitudes assim, então não fiz questão de subir. Mas sei que eles possuem um bar que faz happy hour e tudo. Para quem gosta, vale a pena experimentar.
Como fiquei pouco tempo, dois dias apenas, tive que escolher bem o que iria experimentar no quesito restaurante. De cerveja, provei 4 tipos de Alt Bier, todos muito bons (já estão me pedindo um comparativo entre as cervejas da Alemanha, vou fazer em breve), intensos. Eles misturam todos os ingredientes e depende muito da composição para saber qual sabor sentiremos mais.
A Erige por exemplo, senti muito o sabor do malte e na Schuless senti mais o sabor da cevada e do trigo. E eles possuem muitos critérios para fazer a cerveja e para ela ser considerada pura. Se tiver mais que 3 ou 4 ingredientes, esquece porque ela nao será considerada pura. Tipo aquelas com sabor de fruta e tal. A cerveja pura para eles tem que ter apenas lúpulo, malte, trigo e cevada.
Obviamente comi vários pratos com a famosa salsicha alemã, mas em Dusseldorf não tive coragem de comer no jantar o tal do joelho de porco. A ideia de ter que digerir isso dormindo não me agradou, então deixei para outra cidade. Confesso que muita gente gosta da culinária alemã, eu não era muito fã, por não gostar tanto de comidas cheias de condimento. Mas a harmonização entre os pratos e as cervejas agradou meu paladar.
Comi tudo, adorei, sabores intensos e bem peculiares. Aí, para o último jantar, estava precisando de algo mais tranquilo (ou pelo menos com menos tempero, molho forte ou curry), aí fui com meu amigo num restaurante italiano que ficava perto da casa dele. Os donos são italianos então falamos em italiano com eles, atrapalhados demais mais divertidos. A comida é feita por eles. Então imagina! Eu mal tinha começado a comer meu gnocchi com gorgonzola e já estava pensando em pedir outro prato. Pena que meu estômago não aguentou. Se chama Cantina da Anna.
Um lugar que você não pode deixar de visitar é o Scholss Benrath. Que é um palácio pequeno que fica a uns 25 minutos do centro velho, pela linha de tram 083 ou 071. O lugar é lindo, tem uma casa linda e um jardim com um lago no meio, cheio de patos, cisnes e gansos. Me matei de tirar fotos por lá. É tudo lindo. Amei! Merece a visita. Com certeza, são so jardins mais bonitos da cidade.
Resumindo, foi isso. Dusseldorf não tem muito segredo e é uma cidade fofa de conhecer. Merece um ou dois dias da sua visita sim.
Beijos e mais beijos no coração de vocês!