Diário de Viagem por Gramado e Canela
Durante minha primeira viagem à essa região, eu estava escrevendo um diário sobre as principais coisas que estava vendo por lá. Encontrei esse diário nos meus arquivos aqui do computador e achei que seria interessante postar algo escrito nesse esquema de diário. Eu gostei. Espero que vocês gostem também. Me mandem mensagens para dizer se gostaram desse formato.
Gramado e Canela!
Sabe aquelas cidades tão fofas que parecem pertencer a algum livro de romance bem bucólico? Então, Gramado e Canela são exatamente assim. Gramado é toda cheia de requinte e tão um ar de Suíça muito forte. Já Canela, é mais simples, tanto que para se hospedar lá é cerca de 40% mais barato do que em Gramado. Elas ficam uma do lado da outra, com apenas uns 8km de distância. Impossível visitar Canela e não ir para Gramado. E vice versa. Ambas cidades tem seu charme e peculiaridades.
Hoje em Canela, almocei num restaurante fofo, bem em frente a Catedral de Pedra (Igreja de Nossa Senhora de Lourdes). Se chama Empório Canela e é um café gourmet. Delicioso. Comida bem feita, boa variedade de pratos e preços justos. Adorei meu lanche e provei outras coisinhas, como batatas rústicas e saladas com frango e queijo. Imperdível.
Falando na Catedral de Pedra de Canela, devo dizer que ela é linda. Fiquei de boca aberta alguns segundos. Não deixa nada a desejar comparando com as outras igrejas que já nessas minhas andanças pelo mundo. E olha que eu gosto bastante de igrejas. Entre nela e faça seu pedido (independente de sua religião).
Alugando um carro ou pagando um táxi, você chegará até o Parque do Caracol. Onde fica a tão famosa Cachoeira do Caracol. Você paga uns R$20,00 para entrar no parque (estudante paga meia) e caminha por lá. Para ver a cachoeira, existe um mirante gratuito e outro pago. Não vale a pena pagar. Se quiser e tiver disposição física, faça a descida até a base da cachoeira. Demora em média 1h e 30m para descer e subir de volta. Mais ou menos uns 700 degraus, que corresponde à altura de um prédio de 36 andares. Bom, eu confesso que não desci pois meus pés estavam me matando. Mas boa sorte para quem quiser descer. Vale a pena fazer a trilha tranquila margeando as corredeiras. Você pode tirar fotos lindas e aproveitar toda a boa energia que a cachoeira pode te oferecer.
Hotel Casa da Montanha
Pense em um hotel que se encaixa perfeitamente com o local onde está localizado. Agora coloque doses extras de charme, conforto, cordialidade, requinte e bom gosto. Agora imagine esse hotel no meio de uma cidade que pode sim ser considerada a Suíça brasileira e seu prédio é todo projetado para lembrar aquelas casas europeias bem típicas, com teto angular e tons de terra, verde e branco por todos os lados.
Esse é o hotel Casa da Montanha, onde tive o prazer inenarrável de ficar hospedada em meus dias por Gramado. Um dos melhores hotéis da região que abrange as cidades que formam as Serras Gaúchas. É tradicional e eles conseguem manter isso ao longo de seus anos de existência.
É como eles dizem. Não importa a época do ano, sempre haverá um bom motivo para se hospedar por lá. O hotel tem um deck externo para tomar um bom vinho observando o sol cair sob a cidade (a vista desse deck é linda, pois estamos numa altura perfeita para ver boa parte de Gramado), tem piscina para os dias que te der vontade de dar um mergulho, tem jacuzzi, tem o restaurante La Caceria que possui uma variedade de pratos feitos com carnes nobres (aguarde os próximos posts, pois preciso de um texto inteiro para contar minha experiência nesse restaurante), etc. Ah! O SPA também pode ser bem aproveitado, com mais de 10 opções de tratamentos corporais, para proporcionar seu relaxamento.
Falando sobre os quartos, devo dizer que a cama não dá vontade de sair de lá. É quentinha, confortável e super aconchegante. A decoração é linda e tudo harmonizando com o resto da decoração do hotel, realmente nos transportando para um pedacinho da Europa no sul do Brasil.
Os mimos que o hotel oferece são demais. Te recebem com uma taça de champagne, no quartos tem uma garrafa de vinho tinto para você beber, chocolates da chocolateria Prauer (uma das melhores de Gramado), café da manhã com uma infinidade de opções, sacolinha com frutinhas, cereais e água para a hora do check out e claro, a educação dos funcionários é simplesmente incrível.
A localização do hotel também é perfeita, pois fica na Avenida Borges de Medeiros (3166), no Centro de Gramado. Essa avenida é onde fica praticamente tudo de mais importante na cidade. Tem restaurantes finos, restaurantes intermediários, restaurantes mais em conta, chocolaterias, lojas de roupas, lojas de presente, de decoração. Enfim, coloque um sapato confortável e aproveite para explorar tudo por ali.
Passeio pela linda Vinícola Ravanello
Quando pensei em fazer uma visita por alguma vinícola do sul, pesquisei e vi que a maioria ficava longe de eu estaria hospedada. Queria dar esse check na minha lista e fiquei frustada quando percebi que talvez não seria possível. Mas continuei pesquisando e encontrei uma, que ficava perto do centro de Gramado. Entrei no site, li comentários positivos e então fiquei feliz, pois iria conseguir fazer essa visita.
E valeu MUITO a pena.
A Vinícola Ravanello é um daqueles negócios que passam de geração para geração. O criador da vinícola, Normélio Ravanello, sempre trabalhou com vinhos em outros locais do RS. Mas foi em 2010 que a Ravanello se estabeleceu onde está até hoje e cresce cada dia mais.
Lá, eles têm a plantação de três tipos de uvas. Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Merlot. Eles disseram que tentaram plantar outros tipos de uvas, mas nenhuma dessas se adaptou ao clima e ao solo. Eles também buscam outras uvas de outros lugares, como a Tannat (admito que é uma das minhas favoritas) de uma região de quase fronteira com o Uruguay (onde fica o melhor dessa uva).
A produção dos vinhos é feita em tanques de aço inoxidável e depois passam um tempo em barricas de carvalho. Cada vinho, cada uva, cada tipo passa um tempo determinado nessas fases, e também precisam passar um tempo dentro das garrafas. A produção deles é bem restrita, algo como 8mil garrafas no máximo de uma safra de alguma uva que eles escolhem. Com os vinhos mais caros e que demoram mais tempo para serem produzidos, esse número reduz ainda mais.
Para os amantes de vinho (como eu), é impossível não se encantar com a história, com o local e com o cuidado que eles possuem desde o plantio da uva, até a colocação da rolha na garrafa.
Muito importante! Não deixe de provar o vinho da uva Teroldego. Sério. É maravilhoso e é algo que não encontramos muito por aí. Eles produzem um belo vinho com essa uva. O espumante deles é tão perfeito, que ficamos até com a sensação de cremosidade na boca. Não consegui pensar em nada mais além de, saborear belos pães com aquele espumante.
Eles gostam de se manter restritos, portanto não fazem vendas em lojas e apenas alguns restaurantes da região servem os vinhos Ravanello. Mas caso tenha se interessado em conhecer e provar alguma garrafa, eles podem mandar uma caixa. Os preços variam de 35 até cerca de 90 reais, por garrafa. Provei alguns e comprei o Tannat, pois gosto muito. Pensa num vinho bom! Pois bem… É divino! Recomendo mil vezes.
E quem disse que vinho nacional não é bom?
Quem tem essa opinião, pode jogar aos leões! Dedinho negativo para você!
O site deles é o www.vinicolaravanello.com.br