Degustação de Vinhos no Fleming’s Prime
Não é segredo para ninguém que eu sou completamente louca por vinhos. Certo? Aliás… Quem não é?! E é por isso que fiquei enlouquecida com o convite que recebi para ir fazer uma degustação às cegas lá no Fleming’s Prime, que é uma casa especializada em carnes que está ali no Itaim, em São Paulo. Faz parte de uma cadeia americana que está chegando agora aqui no Brasil.
Além da decoração da casa ser linda e o local ser enorme, eles possuem excelência na hora de escolher os cortes, a procedência e possuem um cuidado notável para formular o seu cardápio. Esse cuidado também foi mantido na hora de escolher o novo Wine Manager da casa, Gabriel Raele. Ele tem um currículo enologístico (hahaha adoro inventar palavras) invejável. Já fez diversos cursos fora do Brasil e já trabalhou em muitos locais renomados e que são referência em vinhos. Ele manja pouco de vinhos… Só que não. Ele entende tudo sobre o assunto e dá gosto conversar com ele sobre isso.

Ainda falando sobre cuidado e excelência, esses foram elementos básicos na hora de criar a nova carta de vinhos da casa, elaborada pelo Gabriel. E outro dia, houve um evento para divulgar essa nova carta. Na verdade, o evento foi uma degustação às cegas dos rótulos favoritos do Gabriel. Foram 8 vinhos, para ser mais exata. É vinho que não acaba mais! Tudo isso sem sabermos qual era qual. Tínhamos que adivinhar as uvas, a região… Fiquei feliz por acertado a maioria (ou eu deveria ficar preocupada e procurar o AA?)

Na seleção dos vinhos, tinha um branco, um rosé e seis variações de tintos. Um melhor que o outro e todos vocês podem encontrar lá no Fleming’s Prime. Estão preparados para a seleção maravilhosa dos vinhos que o Gabriel escolheu? Vou colocar os nomes na sequência que provei, ok?!
– Aphros Ten: que é um vinho branco biodinâmico de Portugal, 100% Loureiro. É um vinho fresco e jovem no nariz. Com acidez equilibrada e muitas notas de frutas amarelas mais críticas. Gostei demais desse vinho, fácil de beber e persistência bem suave na boca.
– Sonrojo: confesso que tenho uma queda absurda por vinhos rosés, então esse foi um dos meus favoritos. É um vinho rosé da Espanha, 100% Garnacha. Logo senti o aroma de cereja, bem delicado, mas marcante, aí já me apaixonei. Também dá para sentir notas de morangos mais maduros. Acidez controlada e bem fresco, fácil de beber também.
– Domaine Masse: esse vinho também me conquistou, por ser de uma das uvas que eu mais amo e por ter sido feito no país que eu mais amo (como país e os vinhos). É um 100% Pinot Noir da França, da região de Borgonha. Um vinho simplesmente maravilhoso, como todo Pinot Noir deveria ser. Fresco, suave na boca e persistência igualmente suave. No nariz dá para sentir a delicadeza de frutas vermelhas como cerejas e até pitanga. Também senti aroma de baunilha bem leve, misturado com algo floral. Maravilhoso!
– De Loach: outro vinho que gostei bastante por causa da uva principal desse blend. 95% Pinot Noir e 5% Merlot. Um vinho elaborado na Califórnia, berço de muuuitos vinhos bons. Considero um vinho elegante, fresco e gostei da persistência na boca. Óbvio que senti aromas de frutas vermelhas, mais de cereja e framboesa. Um bom vinho para tomarmos em jantares de verão.

– Bogle: outro vinho americano bem bacana. 10 meses de carvalho francês para produzir um blend de Cabernet Sauvignon e dois tipos de Syrah. Um vinho da região de Sonoma, nos Estados Unidos, encorpado, com notas de frutas vermelhas maduras e senti também aroma de tabaco e um leve aroma de baunilha. Gostei do vinho, ele cai perfeito para carnes como costelas.
– Gandolini: um dos melhores vinhos da seleção que fizeram para a gente (muita gente da mesa achou que esse foi o campeão). É um vinho 100% cabernet Sauvignon produzido no Chile, onde todos os vinhos passam por longos períodos em barrica de carvalho francês, algo entre 18 e 24 meses. Esse vinho é encorpado e profundo, porém bem equilibrado. Senti notas de frutas vermelhas maduras, frutas pretas e também um leve toque e baunilha. Um vinho bom para cortes de angus.
– Carrascal: aí entramos num setor que gosto muito, vinhos argentinos. Esse é um blend de 20% Cabernet Sauvignon, 40% Malbec e 35% Merlot. Produzido na região de Mendoza, é um vinho excelente para bebermos com carnes mais fortes, como as de cordeiro, por ser um vinho com bastante corpo, mas bem equilibrado.
– Viña Alberdi: acho que dos tintos mais encorpados, esse foi o que eu mais gostei. Um vinho 100% Tempranillo lá da Espanha. Foi amadurecido por 2 anos em barrica de carvalho americano e é de uma vinícola clássica da região Rioja. Um vinho com acidez equilibrada e com notas marcantes de frutas vermelhas maduras, porém ele segue sendo fresco, como todo Tempranillo. Outro vinho bom para ser servido com carnes vermelhas mais fortes, como angus e cordeiro. Gostei muito desse vinho! Ótimo para finalizar a degustação.
Depois dessa seleção maravilhosa, aposto que vocês já se convenceram de que devem ir até o Fleming’s Prime para conhecer, certo?! Mas eu ainda não acabei. O local é realmente um belo winebar, onde podemos beber a quantidade de vinho que quisermos, vários tipos, em taças. A maior parte dos vinhos são servidos nesse esquema, o que é maravilhoso, pois podemos provar vários vinhos. Os mais caros são vendidos em garrafas, mas com valores bons também.

Provamos também alguns dos petiscos que eles serviram. Todos com inspirações de boteco, como pastéis e mini hambúrgueres. Ahhh… Lá é uma casa especializada em carnes, então imagine como estavam os hambúrgueres! Maravilhosos! Sendo bem sincera, mal posso esperar para voltar ao Fleming’s para conhecer o resto do cardápio. 

Adoro carnes, adorei o local, adorei a qualidade, adorei os funcionários, etc. Não teve nada que eu não tenha gostado. O Fleming’s é um restaurante que vale a pena conhecer, por seu cardápio e por sua carta de vinhos, que está fantástica. Minha conclusão… Corra para o Fleming’s Prime! Uma das melhores casas de carnes de São Paulo.

Fleming’s Prime

Avenida Cidade Jardim, 318. Itaim Bibi. São Paulo. 

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