Capítulo 23
Jacques estava sentado, no balcão do restaurante. Uma pessoa tocava piano ao fundo e muitas outras estavam jantando, dando risada e conversando com seus amigos, família ou amados. Ele bebia uma dose de whisky, pensando em como estava feliz por estar ali, com uma mulher incrível como Sophie.
– Gostaria de pedir algo para entrada do jantar, senhor? – Perguntou o garçom, por trás do balcão.
– Ainda não, estou esperando minha namorada. – Ele sorriu ao dizer a palavra e sorriu mais ainda ao perceber que estava esperando por Sophie.
Ele sabia que não deveria comparar sentimentos e nem relacionamentos, mas sua relação com Sophie, em tão pouco tempo, era intensa, especial e parecia que tudo fazia um carinho enorme nele. Era como se a voz de Sophie o acariciasse. Era como se o olhar de Sophie o beijasse no topo da cabeça. Era como se o sorriso dela fosse pedaços de paraíso. Era exatamente dessa maneira que ele se sentia ao lado dela.
Olhou no relógio e percebeu que ela estava 10 minutos atrasada. Bebericou novamente de sua bebida e respirou fundo. Ele contava os segundos para estar ao lado dela novamente, mesmo sabendo que ela estava se arrumando para encontrá-lo. Ele sentiu um cheiro especial de perfume feminino e escutou salto batendo no chão. Ao se virar lentamente, para ver se era ela que estava vindo, ele viu os sapatos pretos e foi subindo o olhar, passando pelo vestido igualmente preto, que modelava o corpo de Sophie e a deixava ainda mais linda. Mas, ele quase caiu de sua cadeira ao ver que ela estava de cabelos soltos. Longos, em um castanho claro, com leves ondulações. Ela havia penteado os cabelos para a lateral, deixando que todos aqueles fios caíssem como se fossem uma cascata dourada.
Ela percebeu que ele havia paralisado de leve e sorriu sem mostrar os dentes, ao se aproximar dele. Ele estava olhando para ela com cara de assustado, ainda sem acreditar. Ela achou a reação muito divertida.
– Jacques, está tudo bem? Se essa roupa e meu cabelo estiverem horrorosos a ponto de te deixar assim, tão assustado, posso voltar e mudar tudo. – Ela disse sorrindo e passando o dedo nos lábios de Jacques.
– Não, Sophie… Eu… – Ele realmente não conseguia falar. – Nunca pensei que você pudesse ficar ainda mais linda do que já era. Seus cabelos… são lindos. São perfeitos.
– Muito obrigada, querido. Fico feliz que goste deles, pois pretendo deixá-los mais vezes soltos, para que você veja.
Jacques não conseguiu fazer nada. Apenas puxou Sophie para si e a abraçou muito apertado, para sentir todo seu corpo junto ao dele. Eles se olharam e ele a beijou com desejo, mas discretamente. Beijo que acendeu o corpo de Sophie e ela sentiu uma leve onda de prazer percorrer todo seu corpo. Ela sentiu sua bochecha esquentar e se sentou ao lado dele.
– Podemos ir para a mesa quando quiser. – Disse Jacques.
– Quero beber uma taça de champagne antes. Aí, vamos jantar. Pode ser? – Perguntou Sophie.
– Claro. -Jacques sorriu para ela e pediu ao garçom uma taça de Dom Pérignon para Sophie beber. E ela cada vez mais se encantava também com o bom gosto de Jacques.
E assim seguiram a noite durante o jantar, onde beberam duas garrafas de vinhos, ficando bem alegres para assistir à apresentação de música clássica, que seria em uma outra parte do Château onde estavam hospedados. Comeram vários pratos de gastronomia francesa clássica.
Após jantar, eles foram até a sala enorme onde estavam esperando começar a apresentação. Havia um piano, três violinos e um violoncelo. Eles estavam sentados bem na frente de onde ficariam os músicos.
– Vamos pedir uma outra garrafa de vinho. Será que servem aqui? – Perguntou Jacques, procurando um garçom.
– Por favor, quero muita água também. – Disse Sophie, embriagada, assim como Jacques.
Ele pediu ao garçom e logo eles já estavam com outra garrafa de Château Margaux para beberem.
– Sophie, quero isso todos os dias para minha vida. Você maravilhosa ao meu lado, lugares lindos, boa comida, boas bebidas e fazer amor com você todos os dias. – Jacques disse isso sem perceber, pois estava embriagado também. Sophie começou a rir e só então ele se tocou do que havia falado. – Oh meu Deus, me desculpe.
– Tudo bem, Jacques. Eu também sinto que quero isso para minha vida. Todos os dias.- Ela disse, olhando para ele, que se perdeu um pouco na intensidade do olhar de Sophie. Ela olhou para os lábios dele e se aproximou, para que se beijassem.
Jacques passou a mão por seus cabelos soltos e segurou sua nuca, a beijando com muita intensidade. Eles se perderam no beijo e o desejo dos dois estava crescendo cada vez mais.
– Você consegue me deixar tão viva que é como se eu tivesse mil velas acesas dentro de mim. – Sophie disse, com sua testa colada na de Jacques e um sentindo a respiração do outro.
– Eu quero você, Sophie.
– Eu também quero você, Jacques.
E eles ficaram se olhando, como se saíssem faíscas de seus olhares. Sophie nunca desejou alguém assim. Jacques jamais havia sentindo algo parecido com aquilo. Eles sorriram e no momento que Jacques pegou na dela e eles iriam se levantar, todos começando a bater palmas, pois os músicos haviam chegado. Eles decidem ficar, pelo menos um pouco.